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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Introdução e Metáforas Etimológicas

Bem-vindo(a)!

Sou um estudante de Ciências Sociais com uma paixão furiosa por línguas. Fora o português, minha língua nativa, estudo o inglês, o japonês e o francês. Sou um aficionado por temas como a etimologia (ciência que estuda a origem das palavras) e a sociolinguística (ciência que estuda as implicações sociais das variações linguísticas), e, de modo geral, como a língua se relaciona com as ideias e o comportamento humano em diferentes épocas e espaços.

Minha curiosidade fervorosa sobre estes temas me leva a fazer algumas reflexões e investigações em meu tempo livre cujos resultados revelam frequentemente dados curiosos sobre as línguas em geral ou sobre a língua em questão. Vendo o quão infrequente é que dados como estes cheguem a públicos fora do antro acadêmico (salvo o esforço de algumas personalidades que me dão inspiração, como o professor Pasquale Cipro Neto e principalmente o filósofo Mario Sergio Cortella), decidi criar este blog para servir como um espaço acessível para expor e discutir esses assuntos.

Este blog usa um recurso para aprofundar a leitura sem perturbar o ritmo do texto: sempre que vir palavras grifadas, experimente passar o mouse por cima delas. Aparecerá um balão de texto que irá dar informações breves (como, por exemplo, a origem de uma palavra) que enriquecem o texto, mas que não são essenciais para compreender a discussão, como uma nota de rodapé.


Uma das noções fundamentais que será retomada várias vezes neste blog é a relação entre o significado de uma determinada palavra de uma língua falada atualmente e sua derivação etimológica, ou seja, como a palavra é construída (a partir de quais prefixos, quais radicais, etc.). Frequentemente ao examinarmos a partir de quais outras palavras ou sufixos uma determinada palavra é formada, descobrimos sentidos novos, ocultos e mais profundos que, assim, enriquecem nossa concepção daquela palavra.

Um bom exemplo é a palavra concordar. Esta palavra vem de concordare, do latim, que é formada pelo sufixo con-, que significa "juntar", "unir" e por cordis, que significa "coração". Vê-se, assim, que a palavra concordar tem o sentido oculto de "unir os corações", o que renova e aprofunda nosso conceito de concordar. Quem diria que no momento que você estava afirmando sua concordância com um ponto de vista de certa pessoa, estava também unindo seu coração ao dela? Ou que, ao discordar, você separa o seu coração do coração de outro?

O mais impressionante de tudo isso é que é muito frequente que a formação de palavras ocorra por meio de metáforas como essa. Outro dia, por exemplo, suspeitei (e mais tarde, confirmei) que a palavra twilight, do inglês, que significa "crepúsculo", tem em sua origem o radical twi-, o mesmo da palavra twin, que significa "gêmeo", "dois", "par", etc.. Isso significa que, se twilight é o mesmo que twin lights, ou "duas luzes", então o crepúsculo é o período em que as duas luzes, a do sol e a da lua, coexistem.
Incrivelmente poético! Quantas coisas desse tipo a língua mantém secretas apenas na origem das palavras e quanto da profundidade desses significados foi perdida ao longo do tempo? É esse tipo de curiosidade que me rendeu incontáveis pequenas investigações sobre as línguas, que passarei a compartilhar aqui, neste espaço.

Um comentário:

  1. Pedro !!!!!!! Encontrei e vou add vc. p. ler com calma....vida longa ao blog !!!
    O meu é Cidade Acessivel ! bjos, Silvia Arruda










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